Um dos males mais comuns aos pés do brasileiro, o joanete é daqueles incômodos que afetam a rotina e o bem-estar no dia a dia. A Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé) estima que ao menos 30% da população do País sofre com esta deformidade articular.
Seja no dedão ou no dedo mínimo, o principal sinal do joanete é um aumento do volume da estrutura local (normalmente com a formação de um nódulo/caroço), podendo gerar deformação e até a degeneração da articulação afetada.
Entre as causas mais comuns apontadas pela ABTPé estão o fator hereditário, alterações neurológicas, como derrame, trauma de coluna e paralisia cerebral, e patologias degenerativas, a exemplo da gota e da artrite reumatoide. Porém, outro influenciador bastante comum é o uso de calçados apertados, saltos altos e bicos finos com calce desajustado à anatomia dos pés.
Grandes vilões
Para a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), os problemas de ajuste de sapatos podem ser apontados como alertas graves. Isso porque, conforme a entidade, as culturas nas quais o comum é andar descalço raramente apresentam casos de joanetes. Outro dado observado pela OPAS é que o mal é mais frequente em mulheres e pessoas com articulações flexíveis.
O surgimento do nódulo, em grande parte das situações, desencadeia um círculo vicioso de dor e desconforto. Uma piora no quadro e aumento de tamanho do joanete também são consequências corriqueiras quando ocorre atrito com calçados.
Em panoramas mais graves, ainda segundo a OPAS, pode haver enrijecimento da pele. Porém, em linhas gerais, o simples fato de o funcionamento dos dedos ser alterado é suficiente para acentuar dores em toda a estrutura do pé – principalmente a região plantar.
A busca pelo alívio
A principal indicação da OPAS para resolver imediatamente o desconforto é buscar um padrão de sapato que não agrave o problema. O uso de protetores de joanete, palmilhas específicas para o conforto e calcanheiras também são aliados muito importantes para o alívio.
A orientação da ABTPé direciona para o mesmo caminho, salientando que as cirurgias corretivas são indicadas apenas em casos graves. Reduzir a pressão sobre a área afetada é, também para a associação, o melhor modo de aliviar a dor.
Outras dicas
Como se trata de uma patologia que acompanha o paciente por muito tempo, a OPAS reforça a relevância de buscar aconselhamento médico. Contudo, algumas soluções caseiras podem atuar em paralelo aos itens de proteção de calce. Confira algumas:
- Aplicação de cremes para pés cansados;
- Massagens com óleos essenciais de mamona ou coco: eles podem auxiliar na circulação sanguínea, reduzindo a inflamação;
- Chá de camomila: compressas geladas agem no alívio a dor.
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